9 de julho de 2014

No mundo da lua

Ah a noite... Ela vem depois de um lindo espetáculo: o por do sol. O sol que já ficou o dia todo no alto vai fazer dia em outra parte do mundo. E no nosso céu se notam as estrelas e um ponto branco muito maior: A lua. O Usina dessa semana vai tentar falar sobre esses satélites e explica coisas sobre a lua, em virtude disso a postagem de domingo chamada costumeiramente de pergaminho vai ser alterada com uma tag nunca antes usada: Dark Side! Espero vocês no DS de domingo certo?

"Um desenho da nossa lua no estudo da mesma: a Selenografia"

Antes de falar desse satélite encantador eu preciso definir a razão de abordar esse tema. Na verdade eu estava propondo falar de eclipses e quando meu grande amigo Lucas (Devaneios Universitários), resolveu me fazer uma proposta:



Como o pedido de um amigo estimado, sempre me é lembrado eu resolvi investir nisso e a semana de astronomia de julho vai ser sobre luas. Vamos lá?

A primeira coisa que temos que entender é que a palavra lua é usada de maneira errônea. Os outros planetas não têm outras luas eles têm satélites. Lua é um substantivo próprio, ou seja, é o nome do nosso satélite natural. Nada de falar das luas de Júpiter certo? Falemos sobre os satélites naturais de Júpiter. Pode não fazer sentido, mas seria a mesma coisa de chamar os outros planetas de Terras, entenderam? Ou as outras pessoas de deni (salvo a tribo indígena: Os deni). Se ficar difícil de falar isso você também pode chamar pelo nome de cada uma (eu vou por uma lista com alguns nomes no fim do artigo).

Satélites naturais são corpos não artificiais que orbitem em outros corpos de grandeza superior ou equivalente. Isso significa que se um planeta anão orbita um planeta normal, ou um super planeta, aquele é um satélite natural deste. Isso pode ser expandido de maneira monstruosa de tal forma que mesmo que não usado costumeiramente, uma galáxia anã orbitando em volta de uma galáxia também é um satélite natural. Convém usar os termos planeta satélite e galáxia satélite.

E como se forma um satélite natural? Bem existem três formas: a formação simultânea, a formação por captura e a formação por desastres catastróficos.

Na simultânea o satélite já existia no lugar dele (ou se formou ao mesmo tempo) e outro corpo celeste surgiu por acreção. Acreção é quando uma coisa é construída por adição de partes menores da mesma coisa. Por exemplo: imagine uma bola de massa de modelar, se você por um pedaço da mesma massa, da mesma cor nessa bolinha e formar outra bola você fez uma bola maior por acreção (pode-se relacionar com a idéia de acrescentar). Existia um corpo e outro corpo começou a ser formado pela junção de outros componentes a ele mesmo, ele ficou maior que o primeiro corpo de forma que o primeiro virou satélite do segundo.

Na captura, como nome já diz, um corpo celeste pequeno é capturado pelo campo gravitacional de outro campo. Imagine um imã redondo e você joga uma bolinha de ferro próxima dele em rota, suponhamos, tangencial. Se você jogou corretamente a bolinha é atraída pelo imã.


Por último a formação por desastres naturais é simplesmente o nosso caso: Quando a Terra ainda era uma bola de lava, um corpo celeste denominado Theia colidiu com o nosso planeta, até ai tudo bem, o que eu não informei é que o corpo tinha o tamanho de Marte! Sim um pseudo-marte bateu na Terra! Com isso Theia e a superfície da Terra foram vaporizados e uma porção do planeta saiu e... Virou a nossa Lua! A Lua no final é Terra “pré-histórica”.

Mas não é só pra ser vista que a lua serve. Antes de qualquer coisa a lua é um grande espelho, refletindo a luz solar e iluminando o nosso planeta quando não temos sol. Acha que a luz é pouca? Pois se não houvesse lua nem esse pouco teria, uma escuridão completa existiria no lugar e você estaria sujeito a muitos perigos.

Alem disso,a lua atua no ciclo da água na terra. Graças à ação gravitacional que ela exerce, a água é distribuída em partes diferentes o que ajuda a distribuir a temperatura da terra.

Desmitificando e acabando com a infância de muita gente, a lua não é de maneira nenhuma feita de queijo. Grande parte é constituída de sílica (dióxido de silício) e alumina (oxido de alumínio), também temos em quantidades menores: óxido ferroso, óxido de magnésio, dióxido de titânio e óxido de sódio. Além disso, ela possui um núcleo do tipo máfico (rico em minerais pesados e ferromagnéticos como o ferro e o magnésio).


Infelizmente ela não possui atmosfera logo o seu solo é incapaz de conter água liquida (toda a água que lá existisse entraria em contato com a radiação eletromagnética do sol e seria decomposta por um processo chamado fotólise). Mas água solidificada é motivo de questionamento entre os estudiosos.

Certamente você já deve ter se perguntado a razão de vermos o mesmo lado da lua, bem isso o corre porque a rotação da lua em torno de si mesma demora quase o mesmo tempo em relação a Terra, isso faz com que vejamos sempre a mesma face. Essas translações, juntamente com a iluminação solar e a sombra do nosso planeta, criam as tais fases da lua. Afastando-se do sol temos as fases crescentes (isto é de nova à cheia) e aproximando-se as minguantes (de cheia à nova).


Mas nem tudo se resume a Terra, e os outros planetas também tem seus satélites, confiram:



Marte- possui fobos (medo) e deimos (pavor). Descobertas por asaph hall.

Júpiter- possui 67 satélites sendo o campeão nesse quesito, Amalthea, lo, Europa,Ganimedes e Calisto são as mais conhecidas. As quatro ultimas foram descobertas por Galileu Galilei e foram nomeadas como o nome das quatro amantes de Zeus.

Saturno- possui 61 satélites dentre eles citamos: Prometeus, Pandora, Erimeteu, Janus, Mimas, Encélado, Tétis, Dione, Reia, Titã (a mais importante, por possuir atmosfera), Hipérion, Jápeto e Febe.

Urano- possui 27 satélites que foram nomeados como personagens de William Shakespeare e Alexander Pope, além disso eles são divididos entre internos (parecidos entre si e com origem ao mesmo tempo que os anéis do planeta), grandes (que são massivos o suficiente para obter um equilíbrio entre o campo gravitacional e o gradiente de pressão), e os irregulares que tem orbitas elípticas e são mais afastados do planeta. Os mais importantes são: Miranda, Ariel, Umbriel, Titânia, e Oberon.

Netuno- Com 14 satélites. Tritão, o maior satélite, foi descoberto 17 dias depois da descoberta do próprio planeta! Destacam-se também Larissa, Proteu e Nereida.

Plutão- Nosso ex-planeta é humilde e só possui cinco satélites sendo o único principal Caronte descoberto quase meio séculos depois do planeta por James Christy.

Em síntese é isso e respondendo a pergunta do Lucas: A lua realmente parece ser maior em certos dias do que em outros, mas isso é ilusão de ótica! Apenas os objetos ao redor dela que fazem você pensar isso. Esse efeito é chamado de efeito Ebbinghaus e vocês conferem logo abaixo:




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