25 de maio de 2014

Paradoxos em lista



Fechando a semana de matemática, vejamos alguns paradoxos:

Imagine que você tenha um real, você bem sabe que um real em nosso país já comprou muito mais que hoje em dia não é mesmo? Mas se um real é pouca coisa, colocar apenas mais uma moedinha de um real não é muita coisa, já que esse próprio novo um real é pouco. então se seguíssemos colocando de um em um real nunca teríamos muito dinheiro.

Da mesma forma se eu pegasse um punhado de areia e tirasse um único grão, não teria mudado nada, e apenas mais um, e mais outro. Então quanto o punhado de areia deixa de ser um punhado de areia?

O paradoxo de sorites - conhecido também por paradoxo do monte, com "monte" no sentido de grande quantidade (o termo sorites em grego significa "pilha, monte, montão", sendo σωρός (sōros) a palavra grega para "monte" e σωρίτης, sōritēs (o adjetivo), é um paradoxo que aparece quando se utiliza o "sentido comum" sobre conceitos vagos.


Suponhamos agora uma cidade onde as seguintes leis estejam em vigor:
A cidade contem apenas um barbeiro, do sexo masculino. Nesta cidade, todos os homens se mantém bem barbeados e eles fazem isso apenas de duas maneiras:
-Barbeando-se
-Frequentando o barbeiro

Outra maneira de definir isso é: O barbeiro é um homem da cidade que faz a barba de todos aqueles, e somente dos homens da cidade que não barbeiam a si mesmos. Tudo isso parece perfeitamente lógico, até que se coloca a questão paradoxal:
Quem barbeia o barbeiro?

Esta questão leva a um paradoxo porque, de acordo com a afirmação acima, ele pode ser barbeado por:
-Ele mesmo, ou
-O barbeiro (que passa a ser ele mesmo)

No entanto, nenhuma destas possibilidades são válidas, porque:
-Se o barbeiro barbear-se a si mesmo, então o barbeiro (ele mesmo) não deve barbear a si mesmo.
-Se o barbeiro não barbeia-se a si mesmo, então ele (o barbeiro) deve barbear a si mesmo.

Esse é o paradoxo do barbeiro que é derivado do paradoxo de Russell que afirma:

o conjunto de todos os conjuntos que não se contêm a si próprios como membros". Formalmente: A é elemento de M se e só se A não é elemento de A.


Agora vamos fazer um pequeno acordo: Vamos dividir as palavras em dois grupos: autológicas (palavras que expressem o que a palavra realmente é) e heterológicas (palavras que expressam o que não são), não entendeu nada?
Existente é uma palavra autológica, pois a palavra existente é existente.
palavra é uma palavra autológica, pois palavra é uma palavra.
curto também é pois  a palavra curto é curta.
da mesma forma, sofisticado, irrelevante, gigantesca e assim vai.

Já a palavra mosca não é uma mosca, logo ela é uma palavra heterológica, nem céu, nem sabão, pitomba. acho que vocês já entenderam não é? mas cadê o paradoxo disso?

Analisemos a palavra Heterológica. se ela for autológica ela estaria descrevendo a si mesma, logo ela seria autológica e não heterológica. se ela for heterológica ela estaria descrevendo uma coisa que não é então não seria heterológica. mas pera então....


Recuperemos da pane, e voltemos aos paradoxos.



Eu estou mentindo agora.

bem se eu estiver mentindo logo a frase é falsa, logo eu não estou mentindo e se eu estiver falando a verdade eu estarei na verdade correto em afirmar estou mentindo logo o que eu acabo de afirmar é uma mentira e portanto não correta. Eis o paradoxo do mentiroso de Eubulides de Mileto.


O próximo paradoxo parece ser uma grande piada, mas na verdade é fruto da sobreposição das imagens, com você o paradoxo de curry:



O usina avisa: o paradoxo abaixo tem cunho expressamente informativo, não há  intenção de ferir nenhum tipo de crença religiosa. O blog e o autor do blog, respeitam toda e qualquer escolha religiosa.

Paradoxo de Epicuro:
Como todos sabem o deus judaico é expresso como onipresente (sempre presente), onisciente (detentor de todo conhecimento existente), onibenevolente (a forma mais alta de bondade). O paradoxo consiste em três frases que usam duas dessas características pra opor a outra:

Enquanto onisciente e onipotente, tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele. Mas não o faz. Então não é onibenevolente.

Enquanto omnipotente e onibenevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto mal existe e onde o mal está. Então ele não é omnisciente.

Enquanto omnisciente e omnibenevolente, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas não o faz, pois não é capaz. Então ele não é omnipotente.



24 de maio de 2014

O hotel coração de mãe: sempre cabe mais um!

Na luneta teremos nessa semana um vídeo sobre os hotéis. Claro que eu não surtei e a temática ainda é paradoxo. Mas o que uma coisa tem a ver com  a outra? acompanhe o vídeo a seguir:


Como você pode ver no vídeo, a criação do paradoxo do hotel, possibilitou uma explanação de infinitos maiores que outros. chega a ser paradoxal não é mesmo? ele demostra facilmente que ainda que um hotel de vagas infinitas seja preenchido com infinitos conjuntos com infinitos elementos, ele não ficaria cheio. O conceito filosófico é amplamente usado na teoria dos conjuntos numéricos. Duvida?

Você deve se lembrar da reta natural não é? nela estão os números de 0 até n ( ou seja cabem infinitos números nessa reta), posteriormente a ideia de trabalhar com unidades negativas (devido a economia, com a ideia de débito, por exemplo) fez necessário os números inteiros, agora cada um dos números naturais, exceto o zero, tinham um oposto em sinal, a reta negativa segue de -1 até -n, ou seja também é infinita.

Mas você deve concordar, meu caro andarilho. que entre 0 e 1 existem o 0,5 por exemplo, entre o 0,5 e o 0 existe o 0,25, entre o 0,25 e o zero existe o 0,125 e assim podemos continuar infinitamente! apenas entre zero e um. Logo existem infinitos números entre dois números de um conjunto infinito como a reta real.

Vale lembrar também que não é nenhum sacrifício colocar infinitas pessoas num hotel infinito, pois ainda sobram INFINITOS espaços. Resta saber agora de onde veio infinito cimento, infinitos tijolos, infinitas lampadas, portas e tudo mais. fora que se cada um abrisse a torneira da pia do seu quarto, gastaria-se, desde que não falte, infinita água! Um funcionário pra atender o penúltimo quarto teria que ir até lá e teoricamente, nunca mais voltaria! então teríamos que contratar infinitos funcionários.

Com infinitos funcionários eu também poderia morar lá e afinal todos que lá trabalhassem, lá poderiam morar. Ufa! se algo não der certo na carreira acadêmica, eu já tenho um emprego, e você também!

Paranoias a parte, o vídeo foi uma colaboração do meu amigo-irmão Nathan Carneiro Parente (Dono do Metapensamentos), Muito obrigado Aniki!

21 de maio de 2014

Nada a ser escrito




Cada segundo foge de nossas mãos
na veracidade do olho de um furacão
E com o pressentimento de descontentamento
voltamos a praguejar sobre o tempo

Logo o tempo, regente de toda a existência?
Ser tratado em tão desprezível decadência
Eis que o fato de não percebê-lo
surge da vontade de sempre querê-lo

Afinal de contas o ser vive em total insatisfação
o pouco não lhe basta, não cumpre sua função
e o grande que se tem, praticamente não é notado
e no final, como pouco, acaba sendo rotulado.

És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo

Eis que o tempo surge como um espelho,
não enfeiurece, nem nos torna obsoleto
isso são concepções que o ser humano dá
principalmente, quando acha algo melhor em seu lugar.

Não me admira o quanto prometemos
desejamos, oramos, e nunca fazemos
pois se a promessa de algo é feita
sobra ao tempo, a doce ou amarga colheita.

O tempo não destrói nada na realidade,
são ações externas que o tempo torna grave.
mas ao mesmo tempo, que o tempo parece derrotar
ele acaba sendo, um santo remédio para tudo aliviar.

Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo

Na realidade o homem é um exemplo completo
de como o tempo é usado como projeto
veja que tanto trabalhamos para tempo de viver
e no final nunca vamos ter tempo para tempo ter.

O mais brilhante em cada ponto é a adversidade
da hipocrisia no Japão ou próximo da sua localidade
eis que todos se subdividem tanto em tempos externos
que se perdem meio ao tempo, tornam-se subalternos.

Mas não há como castigar a quarta dimensão,
já que por mais voraz que seja sua insatisfação
O tempo vai continuar, sadicamente, te admirando
perfurando o acaso, moldando e refazendo planos.

Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo

19 de maio de 2014

A inaplicável aplicabilidade dos paradoxos



Vou falar sobre nada. Assim começa o notação científica dessa semana, analisando o contraste das idéias e sentenças a semana da matemática aborda o paradoxo!

Paradoxo é algo bem simples em sua ideia mais semântica: é uma frase ou uma ideia que aparenta ser verdadeira, porém, sob alguma analise, nota-se que ela atinge o ilógico. Mas por que abordar o paradoxo? Bem como o meu objetivo de entrelaçar as ciências da forma que tentemos voltar à essência mais correta do conhecimento, o paradoxo apresenta uma flexibilidade gigantesca: português, matemática e a mãe das ciências (filosofia) abordam sob óticas diferentes essa fascinante estrutura.

Segundo a Wikipédia:

           "A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da Renascença, um período de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas também são encontradas em textos em grego como paradoxon (entretanto, o latim é fortemente derivado do alfabeto grego e, além do mais, o português é também derivado do latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer "contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjugada com o sufixo nominal doxa, que quer dizer opinião."

Analisemos agora a maleabilidade do paradoxo na ciência.

Na nossa Língua Vernácula:
O paradoxo é tratado como um extremo de outra figura de linguagem: a antítese. Na antítese temos numa mesma frase idéias opostas, não necessariamente ligadas ao mesmo sujeito.

Eu estou com doente, mas ela está sã.

Este é um exemplo de antítese bem simples, um exemplo de paradoxo seguindo a mesma idéia seria simplesmente:

Eu sou um doente são.

A questão nesse ponto, é que após alguma análise se pode extrair de fato uma ideia sobre a sentença: Um doente são poderia ser visto como uma pessoa que fisiologicamente não possui doença alguma, mas que sofre de dores sentimentais, dores da alma. Isso mostra um sentido que vem unicamente do desdobramento da frase, porém, não lógico (e sim poético/reflexivo).

                                 

Na matemática pura podemos citar o paradoxo como proposições lógicas, que não são exatamente notados pelo alto teor analítico e filosófico (repudiados por alguns pseudo-matemáticos). Assim o que acaba tornando essa semana um pouco diferente é o conceito de lógica. O usina usa esse conceito e seleciona esse fluxo para tentar quebrar os paradigmas de matemática e toda a parte maçante (que eu particularmente nutro um certo gosto) da matemática, principalmente a que envolve cálculos.

Voltando a noção mais central, paradoxos podem ser usados de maneira tal qual perigosa e abstrata é a sua própria semântica. O famoso gato de (deixa eu procurar o nome do cara aqui) schrodinger (pronuncia-se chedinguer com o d quase mudo) é um exemplo disso. Tá então você não conhece o gato e ainda está tentando pronunciar o nome que parece espirro? Calma, calma eu vou tentar explicar.

Suponhamos que num momento de raiva eu peque uma caixa e coloque dentro dela um lindo e branquinho gatinho acompanhado de pólvora (pessoal do Ibama é só um exemplo, viu?). Até o momento que eu abra a caixa eu não sei afirmar se o gato está vivo (e a pólvora não explodiu) ou se a pólvora cumpriu seu trágico destino e o gato agora é objeto de taxidermia. Ou seja o resultado da ação meio que depende que eu veja se o gato está morto para que ele realmente esteja (será que dai é que vem o ditado: a curiosidade matou o gato?). Olhem esse vídeo:

                                    

Outra ideia muito legal vem do gato e o pão com manteiga (porque será que gatos são tão paradoxais?) gatos possuem um artifício biológico que faz com que eles caiam sempre em pé, já a resistência do ar faz com quer em uma distância intermediaria pães sempre caiam com a face amanteigada para baixo (para a tristeza de todos nós) então o que aconteceria se eu amarrasse um gato a uma torrada amanteigada (com a face com manteiga oposta as costas do gato)? Se você repetir isso em casa é capaz de fazer o bichano ficar com raiva de você e ainda desperdiçar comida, mas seguindo essas idéias o gato-pão rodaria eternamente sem cair.

Já está mais que provado que paradoxos são fontes de idéias que por vezes podem ser simplesmente ecos de loucura, mas a ciência possui diversos paradoxos que são essenciais em pesquisas.

Um exemplo é o comportamento da luz: se em determinado momento ela age como onda, em outras age como partícula, isso permite um estudo mais analítico e cauteloso com a maior fonte de energia não negra.

Já outro paradoxo também muito conhecido é o de Heisenberg, é o seu principio da incerteza, no qual ele afirma que é impossível definir com precisão a posição e a velocidade de um elétron de um átomo qualquer ao mesmo tempo.

Se você observou esse texto atentamente esse texto deve ter notado que eu falei sobre paradoxo, o legal é que eu comecei com Vou falar sobre nada, mas falei sobre algo, o paradoxo. Esse deve ser o paradoxo do falso discurso.

11 de maio de 2014

Narrativa do fim dos tempos




Após algumas pesquisas, notei que mesmo sendo o big freeze a mais aceita no universo é a big rip que possibilita a maior quantidade de informações, depois de alguma procura, achei esse texto que mostra o calendário do fim dos tempos.

Para prever o destino final do Universo (de acordo com o big rip), os pesquisadores perceberam que a chave está na natureza da energia escura.

Na ausência de um consenso sobre o que seja a energia escura, uma descrição fenomenológica do parâmetro w da equação de estado da termodinâmica - a relação entre a pressão e a densidade da energia escura - pode fornecer um bom caminho para investigações sobre a dinâmica da energia escura, ou de como ela se comportará ao longo do tempo.

Em particular, se w for menor do que -1 (w < -1) em algum momento no futuro, a densidade da energia escura vai crescer até o infinito em um tempo finito, e sua repulsão gravitacional vai rasgar todos os objetos no Universo.

Essa "Grande Ruptura" - uma espécie de apocalipse cósmico - é o foco principal da análise de Li XiaoDong e seus colegas da Universidade de Ciência e Tecnologia da China: "Queremos inferir, a partir dos dados atuais, qual seria o pior destino para o Universo," escreveram eles.

Para prever esse destino trágico, é importante escolher uma parametrização adequada, que cubra toda a história da expansão geral do Universo.

A mais popular, a parametrização Chevallier-Polarski-Linder (CPL), na verdade não é adequada para prever a evolução futura do Universo porque nela w irá divergir quando o parâmetro de desvio para o vermelho (redshift, um conceito usado para medir distâncias entre corpos celestes) se aproximar de -1.

Assim, os autores lançaram mão de uma parametrização livre de divergências, chamada parametrização Ma-Zhang (MZ), para prever a evolução do Universo.

Quanto tempo falta para o fim do mundo?

Uma das questões mais intrigantes é: "Se houver um apocalipse final, quão longe estamos dele?"

Depois de restringir o espaço do parâmetro MZ através de uma técnica Monte Carlo via Cadeias de Markov, os autores concluíram que, usando os atuais dados observacionais, o fim do Universo pode ser expresso pela fórmula:



Contudo, para o nível de confiança de 95,4%, os dados indicam outro resultado: 16,7 Gyr!

"Em outras palavras, na pior das hipóteses (95,4% CL), o tempo restante antes de o Universo acabar em uma Grande Ruptura é de 16,7 bilhões de anos", disseram os autores.

O que ocorrerá antes do fim do mundo?

Assim, o parâmetro de espaço restrito indica que é muito provável que, no futuro, w será menor do que -1.

Se assim for, pode-se fazer outra pergunta interessante: "Qual será o destino dos objetos do Universo unidos gravitacionalmente, como galáxias e estrelas?"
Na verdade, se w de fato se tornar menor que -1, a repulsão gravitacional da energia escura vai aumentar continuamente até superar todas as forças que mantêm coesos os objetos celestes - e todos os objetos celestes serão dilacerados.

Nenhum objeto escaparia desse destino. Obviamente, sistemas mais fortemente ligados teriam alguma sobrevida.Utilizando a parametrização MZ, os autores especularam sobre uma série de possíveis consequências antes desse dia do juízo final cósmico.

Por exemplo, para a pior situação - o limite inferior 95,4% CL (ou seja, a estimativa de 16,7 bilhões de anos):

· A Via Láctea será dilacerada 32,9 milhões de anos antes da Grande Ruptura;

· Dois meses antes do fim do mundo, a Terra será arrancada do Sol;

· Cinco dias antes do dia do juízo final, a Lua será arrancada da Terra;

· O Sol será destruído 28 minutos antes do fim do tempo;

· 16 minutos antes do fim definitivo, a Terra vai explodir.

Ou seja, embora estejamos literalmente no escuro sobre as propriedades dinâmicas da energia escura, uma coisa fica clara: teremos pela frente um futuro mais duradouro do que o passado que deixamos para trás.



Fonte: Inovação Tecnológica

9 de maio de 2014

Mistérios Da Ciência: O Fim Do Universo

O luneta dessa semana traz um vídeo-documentário sobre o fim do universo, nele não é trabalhado o conceito realmente de cada teoria, mas sim dos fatos que algumas propõem.

O vídeo conta com vários cientistas, experimentos e explanações sobre teorias como o redshift, a anã branca, a mesuração do buraco negro e muito mais. realmente um bom investimento de tempo. a linguagem é bem fluida e consegue captar o leitor em meio de experiências simulando corpos celestes e animações de ótima qualidade.

Além disso a energia escura e a matéria escura são fortemente descritas, sanando alguma dúvida em conceitos como o big brake e big crunch. ainda que a voz do narrador seja muito parecida com a do google translate, as dublagens dos cientistas são bem leves.

Bom vídeo!


Tempo: aproximadamente 48 minutos.
Dual áudio/ Legendado.
Vídeo: 10/10
Áudio: 9/10

7 de maio de 2014

Brilhante Imersão Geométrica




Quem diria que um dia
Tudo nesse espaço acabaria
Não há mais esperança em nossa essência
Perdemos nossa luta, pedimos desistência

Viramos icebergs em seu estado primordial
Frias camadas repletas de um vazio sem igual
Ainda nos perdemos em busca de um segundo calor
E para isso não ponderemos em causar a dor.

We live in cities you’ll never see on a screen
Not very pretty
But we sure know how to run things
Living in ruins of the palace within my dreams
And you know
We’re on each other’s team

Por outro lado fica difícil se manter inteiro
Uma vez que também somos conseqüências do meio
Não seria mais importante nos unirmos primeiro?
Mas o outro não se contenta com pouco, está contando dinheiro.

Presos em casa, muralhas em construção
Tentamos nos aproximar de outras sensações
Esquecemos o que está ao lado e dele nos isolamos
Até notarmos, que agora, somos apenas universos de átomos.

We live in cities you’ll never see on a screen
Not very pretty
But we sure know how to run things
Living in ruins of the palace within my dreams
And you know
We’re on each other’s team

O mais paradoxal é que tanto egoísmo nos representa
Engrandece-nos como carcaça, nos falseia, alimenta
O mais estranho é então notar o que está se passando:
Que nos isolando tanto, do nada, estamos nos aproximando.

E ficamos unidos de maneira tão perceptiva
Até notarmos que já não somos matéria viva.
Eis que unidos viramos uma singularidade.

Para percebermos: o quanto o ser humano aprecia a futilidade.


5 de maio de 2014

O fim...do universo?



E se de repente tudo acabasse? Todas as pessoas que você conversa, todos os amigos que você cultiva e adora, aquela garota especial para você, aquela paisagem que te deixa maravilhado com o mundo! E se tudo isso acabasse? E se você também fosse sumir da face do planeta? E se o próprio planeta sumisse? E se o universo inteiro sumisse?

Os estudiosos que começaram a estudar sobre o início do universo (a teoria o Big bang é a mais aceita), não ficaram muito tempo pensando apenas no início de tudo. A curiosidade mais primordial do homem é saber o que vai acontecer. Quando vemos um truque de mágica, por exemplo, sempre aguardamos o próximo passo do ilusionista e formulamos em nossas mentes o que poderá acontecer em seguida. Quando estamos observando o clima para o dia não nos informamos sobre hoje, ao invés disso, vemos as previsões do tempo para os próximos dias. Maquinar sobre o futuro sempre foi uma ação básica do homem. E pensando exatamente no futuro (da maneira mais distante e apocalíptica possível) que os cientistas estudam o fim do universo!

O usina tenta nessa semana falar sobre as três principais teorias do fim do universo: o Big freeze, Big Crush e o Big Rip. Vamos lá?


Big Crunch

Todos nós conhecemos a força gravitacional como uma força que puxa os corpos para o centro de gravidade de um corpo maior, se jogarmos uma bola para cima ela subirá ao máximo que puder e depois irá direto ao chão, isto porque a Terra atrai a massa da bola de forma que ela não consegue flutuar (gravidade neutra), ou sair da rota do planeta depois de jogada (gravidade inexistente). Se nós pularmos cairemos de novo em um processo análogo. Agora coloque isso de uma escala maior e você entenderá o big crunch!

Partindo da idéia do big bang os corpos que estão se expandindo (considerado o universo aberto e ilimitado) o fim seria o big freeze. Mas analisando um universo fechado e limitado o fim é que todos os astros iriam se atrair gravitacionalmente (lembra do exemplo da criação de buraco negro?) de forma que iria se colidir e formar uma singularidade. É como se cada corpo celeste fosse uma bolinha e iriam tender a “voltar para o chão” que seria o ponto em que a singularidade foi criada ou ainda o ponto em que os astros se reunirem mais rapidamente. Particularmente essa idéia me parece a mais provável, pois explicaria o big bang. Como? Eu explico. Lembram que o big bang veio de uma singularidade? O universo inteiro seria uma espécie de suflê (ótima analogia deni XP) a massa inicial é a singularidade e com o calor e o tempo ela ia se expandindo, até que alcance o limite e depois de desligarmos o forno o suflê murche tendendo a voltar à massa inicial (forma). O universo se expandiria na explosão e voltaria a se reunir devido à gravidade, daí teríamos uma singularidade que após certo tempo se desestabilizaria e...big bang. Que expandiria por um bom tempo até se reunir devido a gravidade e...big bang de novo. Isso nos coloca em duvida de duas coisas:

1- No final este universo é realmente o primeiro?

Não sabemos dizer, mas existe a possibilidade que não! Talvez inumeráveis big bangs e crunchs tenham ocorrido até chegarmos ao estado atual.

2- E se não for o primeiro como fica o tempo?

Ai é que o caldo entorna. Não existe tempo antes do big bang. Então a linha do contínuo espaço tempo pode ser “reciclada” e tudo que passamos agora já passamos atrás. Isso não tem nada a ver com reencarnação ou coisa parecida, isso quer dizer que já existiu um deni num universo anterior a esse que também não curtia muito seu nome e resolveu cortá-lo para deni, que entrou no mesmo curso da faculdade, que conheceu um amigo-irmão que gosta de filosofia, e que impulsionado por outro amigo-irmão fez um blog de poemas, que depois da ideia do primeiro amigo, resolveu chamá-lo de usina de pensamentos, e falar sobre astronomia, e no segundo mês escreveu um artigo sobre big crunch. Ou seja havia um eu que viveu o mesmo que eu.


Big Rip

O Big Rip (grande ruptura) é uma teoria que parte do mesmo principio do big freeze: o universo está em expansão, desta vez ele se encontra de uma maneira crescente (pense num carro sem freio descendo a ladeira, a cada momento, a velocidade dele aumenta mais e mais), até que se toda a matéria se desprenda...Não entendeu? Suponhamos que você, meu caro andarilho, esteja nesse carro que desce a ladeira. Aos primeiros momentos da descida você sente uma agradável brisa, logo a velocidade aumenta, e como resultado você sente aquela adrenalina boa, passando mais um tempo você já fica com medo pensando em como se arrependeu por não ter recusado entrar no carro. Se acelerássemos mais ainda a ponto de chegarmos ao absurdo, todas as partículas do seu corpo entrariam em colapso e você pareceria um grande castelo de lego, se quebrando claro, aliás, esqueça o castelo, você não pareceria com ele, não pareceria com nada, você já nem era nada, só um monte de átomos vagando em direções sem sentido. É isso que o big rip propõe.

Aliás, ele foi proposto por se observar um parâmetro w com valor menor que -1, W corresponde a uma razão entre pressão e densidade da energia escura (energia escura é uma forma hipotética de energia que se espalha por todo o espaço e tende a opor a força gravitacional, acelerando a expansão do universo) se esta for tratada como fluido perfeito. Isso faz ainda mais sentido porque 70% do universo é constituído de energia escura. O que acontece com o valor de w sendo menor que -1 é que uma energia chamada energia fantasma começa a se manifestar, sendo a pressão maior que a densidade o que teremos é uma expansão sem limites do universo que chegará a isolar astros e depois decompô-los em partes cada vez menores e por fim até mesmo os próprios átomos. Mas fiquem tranquilos, se o big rip ocorrer mesmo (o valor de w já foi obtido como menor que -1, mas uma margem de erro da NASA deixa o valor entre -1,1 e 0,14 ) vai demorar 22 bilhões de anos e a terra só vai ser destruída meia hora antes de tudo. Até lá Rip é só o seu descompactador de arquivos mesmo!


Big Freeze

Hear me
What words just can't convey
Feel me
Don't let the sun in your heart decay 

Não gente espera! Embora a minha banda favorita tenha uma música com este nome, não é bem dela que estamos falando. A palavra freeze aqui não pode ser levada no sentido mais literal (provavelmente você deve estar pensando em um sorvete, um congelador ou uma pedra de gelo, bem se não estava, está agora XP).

Na verdade nos estudos de termodinâmica temos que uma boa parte da energia é transmitida através do calor, lembra? Na condução um corpo entra em contato com o outro e transmite o calor, na convecção as ondas de calor apresentam padrões de transmissão um pouco diferentes (eis o velho exemplo da chaleira de café), na radiação o exemplo fica com a luz solar ou com a lanterna que transmitem o calor através de raios de luz (é por isso que as lâmpadas incandescentes deixam o ambiente, beirando o insuportável de tão quente). Passada a revisão você deve ter recordado que essas coisas “geladas” só assim são por que nós temos mais calor que elas, quando transmitimos o calor tende a se equilibrar (diminuindo o nosso calor e aquecendo o sorvete). 

A teoria do big freeze é bem simples em sua totalidade: as partículas atômicas geram calor através de seu constante movimento de agitação (assim definimos os estados físicos da matéria como solido, liquido e gasoso através do grau de agitação). No Big freeze o universo é admitido como em expansão e assim continuará. O grande problema é que a expansão seria tão eterna que em determinado momento os corpos deixariam de serem visíveis (por estarem demasiado distante, alem disso a energia nuclear de cada uma acabaria com o tempo, transformando as estrelas com menos massa em anãs negras), e logo depois se repartiriam a tal ponto que toda a forma de transmissão de calor cessaria e finalmente todos os corpos do universo alcançariam a temperatura nula (-273°C, 0°K ou zero absoluto), obvio que a sensação térmica de frio já estaria tão alta que o nome freeze volta a ser viável. Essa hipótese seria viável se o universo admitisse um formato hiperbólico fazendo jus a expansão eterna.

O big freeze parte então da idéia de expansão crescente do universo e descreve que o universo que achamos que conhecemos acabará com aglomerados de massas frias e opacas. Onde a temperatura é igual a total ausência de calor.




Existem outras teorias que eu tentei procurar, mas achei pouca coisa:

Big bounce- um conceito extremamente parecido com o big crunch.

Heat death of universe ( morte do calor do universo)- um principio bem parecido com o big freeze (também chamado de big whimper).

Big Brake- um conceito que envolve a energia negra e o termino da aceleração da expansão do universo. Assim a expansão sofreria uma taxa crescente de desaceleração, fazendo com que os corpos celestes sejam destruídos por uma força extrema.

Big Lurch- essa fala que a matéria vai quebrar leis lógicas e as forças do universo crescerão infinitamente até que todo o universo seja submetido a uma forte pressão.

Confira também: