16 de novembro de 2015

Os Terrores do planeta (III) - Maremotos



Gostaria de tirar um momento do blog pra dar minhas condolências a pessoas que estão sofrendo por outros desastres do nosso planeta: A guerra entre humanos. É algo indiscutivelmente ridículo e que parte do pressuposto do desrespeito aos diretos, crenças e ações dos outros que pensam de forma diferente de nós. Tiro esse momento do blog para lamentar as Tragédias na Síria, em Paris e mais internamente, mas de mesma gravidade ideológica, em Messejana um bairro da cidade em que moro (Fortaleza -Ceará).

Também gostaria de prestar minhas condolências a todas pessoas de Mariana (Minas Gerais) que estão sofrendo com o rompimento da barragem, e dizer que tenho desgosto absoluto pelas pessoas responsáveis da construção, da manutenção e da comunicação da barragem, espero que elas ao menos lamentem a tragédia que causaram, destruindo animais únicos no mundo, poluindo várias bacias hidrográficas, matando centenas de vidas. Por último presto minhas condolências ao Japão que sofreu com um terremoto de altíssima magnitude, que as famílias possam se levantar e que o provável senso de cidadania do povo japonês possa ser aprendido por todas as pessoas do mundo.

Rezemos pela Síria, Rezemos pela França, Rezemos por Messejana, Rezemos por Mariana, Rezemos pelo Japão, Rezemos pelo Mundo...

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Fechando o especial de desastres naturais, o Usina aborda a catástrofe mais conhecida em todos os sete mares! o Maremoto! As forças do Mar que outrora pareciam sobrenaturais e que na verdade tem total explicação, grandes ondas que são capazes de destruir tudo que encontrar pela frente e que passam despercebidas no alto-mar. Os Maremotos são sem dúvidas um dos maiores Terrores do planeta!

Maremoto = Tsunami?

De cara já temos esse abacaxi para resolver hein? Pois a resposta é sim e não! Calma não é nenhum fenômeno de Schrodinger. A questão é que para alguns estudiosos Maremoto é o tremor das placas mas dentro da água (sendo a sim o mar seria a única diferença entre o maremoto e o terremoto); as ondas gigantes não são o maremoto e sim o Tsunami. Particularmente eu gosto muito dessa forma de ver o processo.

Grande maioria das pessoas vê Maremoto e Tsunami como palavras sinônimas: Tsunami vem de tsu, “porto” + nami, “onda” e Maremoto vem do latim: mare, mar + motus, movimento. Muitas relacionam o fato do tsunami ser o maremoto japonês (pais que sofre com esse desastre com grande recorrência). Outras defendem que tsunami é simplesmente maremoto em japonês e que trazer essa palavra para cá é errado pois maremoto existe no nosso vocabulário desde 1600.



Um choque já conhecido...

Como já falamos no primeiro episódio dessa série, vulcões são formados devido a um empresamento das placas tectônicas que inclinam-se formando o corpo dos vulcões. Entretanto esses choques tectônicos são também os componentes primeiros do que conhecemos como maremoto. As placas raspam entre si e a água propaga esse movimento em forma de ondas.

"É possível testar o efeito do maremoto em casa. Em uma bacia com água esfregue duas barras de isopor ou qualquer outro componente, as barras precisam estar no fundo da bacia. Será notável que a água se moverá em cima na forma de ondas mecânicas"

O mais interessante é que a principio as ondas são pouco reconhecidas como um desastre, geralmente elas são mansas e tranquilas, passando várias vezes por navios e sendo imperceptíveis aos que estão próximos do evento. Não entendeu nada? Vamos com uma analogia marota xP

O andar das ondas

Imagine você e seu amigo brincando com uma corda, cada um segura uma ponta e o objetivo é que você balance a corda levando uma onda mecânica até ele. Tudo bem é uma brincadeira pouco divertida, mas se você perceber bem vai ver que quanto mais a onda chega próximo do seu amigo, mais alta e estreita ela fica. Mantenha esse exemplo em mente.

Quando as placas se colidem é formada uma onda com período (o comprimento entre o uma onda e outra) longo (cerca de 200km) e por isso as ondas são baixas. Mesmo que essas ondas andem numa velocidade próxima à 800km/h devido ao grande período uma onda é vista a cada 30 minutos, ninguém iria pensar que uma marolinha desse tamanho pudesse criar um monstro...

Mas pode. Lembra do exemplo da corda? A medida que a onda avança no mar (que funciona como uma corda) seu comprimento começa a diminuir, preservando a lei da mecânica para que a energia continue se propagando é necessário que uma coisa aumente: a altura entre uma onda e outra. A onda vai ficando cada vez mais próxima da outra e quando chega em terra firme (o fim da corda) ela já possui uma velocidade 40 vezes menor, mas cerca de 10 metros de altura. O que causa tanta destruição não exatamente a velocidade do maremoto e sim a força acumulada desde o choque tectônico.

Como podemos nos proteger?

Na realidade são poucas as formas possíveis de proteção contra esse tipo de fenômeno, uma vez que o movimento das placas tectônicas é constante e impreciso, geralmente os especialistas avisam onde se localiza o hipocentro (local onde onde o choque, onde nasce o maremoto) e daí determinam as pessoas para os abrigos.

Estruturas como pedras que quebram as ondas (os quebra-mares) geralmente são pouco eficazes devido ao tamanho da onda, ao invés disso elas podem muito bem ser empurradas e causar mais destruição.

 Um terreno com alto declive

Um terreno com declive baixo

Uma forma de diminuir a ação dos tsunamis é fazer terrenos à beira-mar com menor declive, o que gera um acomodamento da onda e faz com que a mesma percorra uma distância menor. Mas sem dúvida o maremoto é um desastre gigantesco, ocasionado pela própria estrutura da Terra, sendo assim um dos Terrores do planeta!


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