9 de outubro de 2014

A sombra dos indivisíveis fatores.




Como um numero primo fui alocado
Em devaneios e buscas por divisores comuns
Acabo sendo jogado em mil teoremas
Pela falta de meio em ser calculado

Tentei pares e números afins
Notei que esse numero não serviria
Que quanto mais se pensava, doía
E quando pensei em momentos em mim.

Notar também que tentei outros números
Com divisores de três ou valores efémeros
De nada adiantou, continuei só
Sofria ainda mais, ficava ainda pior.

Depois parti em valores cada vez mais altos
Valores relevantes, constantes múltiplos saltos
Verdade em não se por em resistência
Acabei perdendo a paciência

Um belo dia encontrei a solução
Espera procurar números diferentes
Não se envolver em problemas em sua mente
Pois mais decidida será a futura ação

Desisto de procurar fatores arriscadamente
Bem melhor será viver mais atenuadamente
Pois melhor o numero que fica sozinho mas em paz
Que aqueles que saltam em infinita dor audaz

Um dia eu encontro um numero “prima”
Vou me dividir em seus problemas, sonhar em pós vida
Para isso é necessário cuidar de mim e entender meu primo valor
Entender que mais sábio é amar e perder do que nunca ter amor.

Até lá me acalmo lentamente
Existem números que brotam inexplicavelmente
Paro, analiso e noto com sorriso no rosto
São números primos, tão múltiplos gostos.

Ainda sofro pelo numero que quase me dividiu
Ainda em assolo que a lágrima que dali pariu
Mas carrego na numérica consciência a realidade
Numero como eu, não se divide com tanta facilidade.

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