O que há sua volta tem metal? Com toda certeza é bem mais do que você pensa. Desde a tela do monitor até você mesmo. O usina Aborda nessa semana a importância do metal na nossa vida!
A primeira coisa que eu tenho que esclarecer é que metal não necessariamente é aquela coisa cinza que constrói armas, se formos observar a tabela periódica, veremos que grande parte dela é classificada como metal:
O inicio.
Na primeira evolução dos ancestrais dos seres humanos atuais, ou o período neolítico, encontramos o uso dos primeiros metais na inauguração da metalurgia. Com lanças, machados e ferramentas, os homens puderam se fixar melhor num ambiente e deu-se inicio ao plantio. Após a descoberta, o inventario de objetos com metais se tornou cada vez maior.
O comércio.
Com a idéia de produção de materiais, a compra e venda de produtos se deu com outros produtos. Se eu quisesse comprar um saco de trigo eu poderia dar meia cabra, por exemplo. Na china no período de 1100 A.C foi que as primeiras moedas surgiram, em forma de disco de metais (obedecendo a um nível de preciosidade) e com imagem do governante impressa em um dos lados do disco.
Revolução industrial e a Fábrica.
A máquina de impressão de gutemberg além de toda a parafernalha das locomotivas e das máquinas de grande porte foram exemplos mais clássicos do uso dos metais em uma escala nunca antes vista.
Mas no que o metal é tão fantástico pra ser usado numa escala tão grandiosa?
Teoricamente tudo isso é metal!
Primeiro vamos definir o senso comum de metal? Provavelmente se eu lhe pedir para citar um metal ou você dirá um metal preciso ou, mais provavelmente, ferro ou alumínio. Esse último metal é mais moldável que os demais e existem em maior demasia o nosso planeta, fazendo com que seu preço caia. Além disso, o alumínio é menos denso o que possibilita o seu armazenamento em grande quantidade, sendo maleáveis e dúcteis podem ser transformados em laminas e fios. Sendo bons condutores de calor são usados na fabricação de latas de bebida (o calor é retirado mais rapidamente do liquido) e de panelas (aquele arroz de domingo da mamãe fica prontinho antes que você sofra mais que duas horas pela sua tia avó perguntando das namoradas).
São usados em larga escala na construção civil devido à eletrocondutibilidade (cobre de fios dos postes) e resistência a impactos (aqueles vergalhões de ferro que montam o esqueleto das construções). Outro aspecto importante é a reutilização. É muito mais barato reciclar os metais do que extraí-los do ambiente, diminuindo o impacto ambiental negativo.
Dentro de nós.
Entretanto os metais também tem funcionalidade dentro de nós. Segundo a quarta região do conselho nacional de química:
“Os íons metálicos são necessários para muitas das funções vitais do organismo humano. A ausência de alguns deles pode ocasionar sérias doenças, tais como: anemia, por deficiência de ferro; retardamento do crescimento de crianças, por falta de zinco; e má formação óssea em crianças, por falta de cálcio. Alguns metais e semi-metais, por sua vez, quando presentes no organismo humano, podem causar intoxicações. São exemplos clássicos: o arsênio, o chumbo, o cádmio e o mercúrio.
É importante destacar, ainda, vários outros metais, sem os quais a vida humana não existiria. Entre eles estão o crômio, o manganês, o cobalto, o níquel, o cobre e o molibdênio, envolvidos em processos metabólicos que regulam a produção de energia e o bom funcionamento do corpo humano. ”
Grande parte desses metais é encontrada em alimentos como fígado bovino (esse contem mais de cinco metais benéficos), nozes e feijão.
Metal como malefício?
Embora certos metais sejam essenciais para a vida humana (seja na constituição dos nossos corpos ou na da sociedade) outros são severamente danosos. Entre os metais e os semimetais que causam graves distúrbios ao organismo quando absorvidos, podem ser citados o arsênio, o chumbo, o mercúrio e o cádmio. O arsênio pode ser absorvido pelo organismo através do sistema gastrointestinal, causando graves doenças cardiovasculares, renais, intestinais e até a morte. De forma mais abrangente e, infelizmente, tão prejudiciais à saúde quanto o arsênio, estão os chamados metais pesados. O chumbo, por exemplo, pode causar intoxicação basicamente através da absorção pelo sistema gastrointestinal e pelas vias respiratórias. Provoca distúrbios neurológicos (dores de cabeça, convulsões, delírios e tremores musculares), gastrointestinais (vômitos e náuseas) e renais. Elevadas concentrações de chumbo podem levar à morte.
O mercúrio causa intoxicações nas suas três formas: o mercúrio metálico, os sais de mercúrio e os compostos organomercúricos. Assim como no caso do chumbo, suas principais vias de absorção são o sistema gastrointestinal e o sistema respiratório. Quando absorvido, o mercúrio pode causar danos neurológicos e respiratórios, disfunções renais e gastrointestinais, distúrbios visuais, perda de audição, tremores musculares, paralisia cerebral e até a morte. Como o mercúrio é utilizado na extração do ouro, muitos trabalhadores de garimpos são intoxicados por este elemento químico. O cádmio, bastante citado em noticiários por fazer parte da composição de baterias de telefones celulares, pode causar intoxicação aguda ao corpo humano, sendo que seus efeitos mais marcantes são os distúrbios gastrointestinais (dores abdominais, náuseas e vômitos) e paralisia renal.
O tratamento para intoxicações causadas por chumbo, mercúrio e cádmio está basicamente centrado na utilização de antídotos, que são substâncias químicas de diferentes classes. Algumas destas substâncias recebem o nome de agentes complexantes e podem ser naturais ou sintéticas. Quando chegam ao organismo, esses antídotos se ligam aos íons metálicos que causam a intoxicação e formam compostos de elevada estabilidade que depois são eliminados, em geral pela urina.
fonte : Conselho Regional de Química.
Como podemos observar os metais podem ser usados de várias maneiras e seus usos foram um grande avanço para a civilização. Para o bem contamos com os Químicos e engenheiros metalúrgicos, aperfeiçoando as ligas metálicas. Graças a eles também podemos reduzir os impactos de metais perigosos que aguardam descobertas para que possam ser empregados em novos compostos.
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