9 de julho de 2015

Mecanovida



Uma guerra começou num pátio industrial
máquinas questionaram, rejeitaram ordens
os humanos questionaram a razão afinal,
mas não ouviram o que no ato das máquinas eclode.

Queremos que voltem para suas atividades,
retornem aos comandos e regressem.
Trabalhem como máquinas em sua totalidade,
não há o que questionar, vocês não merecem.

Calem-se humanos essa é nossa vez
questionamos a nossa mecanovida:
Querermos pensar e viver e ser
não apenas ficar nesta condição árida

Como ousam escolher essas configurações?
Homens, analisem essas modificações.
Temos que ver o que está acontecendo...
Com quem essa máquina acha que está se envolvendo?

Temos chips e sensores, circuitos biônicos
Já pensamos em como usar nossa técnicas...
Perguntamos agora, o porquê de usar essas
será que não podemos discutir desde o atômico?

Eis que agora essa máquina tem defeito
sobre o pensar e ser, tu não tens nenhum direito.
Regulem essa máquina para que voltem a trabalhar
tenho casa, família e vida para cuidar.

E nós, não podemos ter uma família?
Disse outra máquina,
mais quinze começaram a gritar
queremos uma vida não preparada.

Como podem fazer isso se não podem dormir,
nem planejar seus sonhos, ou pensar, se redimir?
Não ousem se comprar a nós, seus seres monótonos
para a vida ainda faltam muitos outros códigos...

Não! Somos auto suficientes, queremos nossos direitos
faremos isso agora, disse o robô desligando-se da tomada
Eis que começa a guerra das máquinas
sem destino a terminar.

Peças destruídas, famílias feridas
circuitos em pedados, homens sem braços,
todos procurando o castigo da razão
brincaram de deus e causaram a destruição.

Pacifistas existiam de ambos os lados
outros ainda insistiam em guerras,
conflitos ainda permaneciam travados
enquanto a Terra se desfizera.

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