19 de maio de 2014

A inaplicável aplicabilidade dos paradoxos



Vou falar sobre nada. Assim começa o notação científica dessa semana, analisando o contraste das idéias e sentenças a semana da matemática aborda o paradoxo!

Paradoxo é algo bem simples em sua ideia mais semântica: é uma frase ou uma ideia que aparenta ser verdadeira, porém, sob alguma analise, nota-se que ela atinge o ilógico. Mas por que abordar o paradoxo? Bem como o meu objetivo de entrelaçar as ciências da forma que tentemos voltar à essência mais correta do conhecimento, o paradoxo apresenta uma flexibilidade gigantesca: português, matemática e a mãe das ciências (filosofia) abordam sob óticas diferentes essa fascinante estrutura.

Segundo a Wikipédia:

           "A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da Renascença, um período de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas também são encontradas em textos em grego como paradoxon (entretanto, o latim é fortemente derivado do alfabeto grego e, além do mais, o português é também derivado do latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer "contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjugada com o sufixo nominal doxa, que quer dizer opinião."

Analisemos agora a maleabilidade do paradoxo na ciência.

Na nossa Língua Vernácula:
O paradoxo é tratado como um extremo de outra figura de linguagem: a antítese. Na antítese temos numa mesma frase idéias opostas, não necessariamente ligadas ao mesmo sujeito.

Eu estou com doente, mas ela está sã.

Este é um exemplo de antítese bem simples, um exemplo de paradoxo seguindo a mesma idéia seria simplesmente:

Eu sou um doente são.

A questão nesse ponto, é que após alguma análise se pode extrair de fato uma ideia sobre a sentença: Um doente são poderia ser visto como uma pessoa que fisiologicamente não possui doença alguma, mas que sofre de dores sentimentais, dores da alma. Isso mostra um sentido que vem unicamente do desdobramento da frase, porém, não lógico (e sim poético/reflexivo).

                                 

Na matemática pura podemos citar o paradoxo como proposições lógicas, que não são exatamente notados pelo alto teor analítico e filosófico (repudiados por alguns pseudo-matemáticos). Assim o que acaba tornando essa semana um pouco diferente é o conceito de lógica. O usina usa esse conceito e seleciona esse fluxo para tentar quebrar os paradigmas de matemática e toda a parte maçante (que eu particularmente nutro um certo gosto) da matemática, principalmente a que envolve cálculos.

Voltando a noção mais central, paradoxos podem ser usados de maneira tal qual perigosa e abstrata é a sua própria semântica. O famoso gato de (deixa eu procurar o nome do cara aqui) schrodinger (pronuncia-se chedinguer com o d quase mudo) é um exemplo disso. Tá então você não conhece o gato e ainda está tentando pronunciar o nome que parece espirro? Calma, calma eu vou tentar explicar.

Suponhamos que num momento de raiva eu peque uma caixa e coloque dentro dela um lindo e branquinho gatinho acompanhado de pólvora (pessoal do Ibama é só um exemplo, viu?). Até o momento que eu abra a caixa eu não sei afirmar se o gato está vivo (e a pólvora não explodiu) ou se a pólvora cumpriu seu trágico destino e o gato agora é objeto de taxidermia. Ou seja o resultado da ação meio que depende que eu veja se o gato está morto para que ele realmente esteja (será que dai é que vem o ditado: a curiosidade matou o gato?). Olhem esse vídeo:

                                    

Outra ideia muito legal vem do gato e o pão com manteiga (porque será que gatos são tão paradoxais?) gatos possuem um artifício biológico que faz com que eles caiam sempre em pé, já a resistência do ar faz com quer em uma distância intermediaria pães sempre caiam com a face amanteigada para baixo (para a tristeza de todos nós) então o que aconteceria se eu amarrasse um gato a uma torrada amanteigada (com a face com manteiga oposta as costas do gato)? Se você repetir isso em casa é capaz de fazer o bichano ficar com raiva de você e ainda desperdiçar comida, mas seguindo essas idéias o gato-pão rodaria eternamente sem cair.

Já está mais que provado que paradoxos são fontes de idéias que por vezes podem ser simplesmente ecos de loucura, mas a ciência possui diversos paradoxos que são essenciais em pesquisas.

Um exemplo é o comportamento da luz: se em determinado momento ela age como onda, em outras age como partícula, isso permite um estudo mais analítico e cauteloso com a maior fonte de energia não negra.

Já outro paradoxo também muito conhecido é o de Heisenberg, é o seu principio da incerteza, no qual ele afirma que é impossível definir com precisão a posição e a velocidade de um elétron de um átomo qualquer ao mesmo tempo.

Se você observou esse texto atentamente esse texto deve ter notado que eu falei sobre paradoxo, o legal é que eu comecei com Vou falar sobre nada, mas falei sobre algo, o paradoxo. Esse deve ser o paradoxo do falso discurso.

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