Paradoxo é algo bem simples em sua ideia mais semântica: é uma frase ou uma ideia que aparenta ser verdadeira, porém, sob alguma analise, nota-se que ela atinge o ilógico. Mas por que abordar o paradoxo? Bem como o meu objetivo de entrelaçar as ciências da forma que tentemos voltar à essência mais correta do conhecimento, o paradoxo apresenta uma flexibilidade gigantesca: português, matemática e a mãe das ciências (filosofia) abordam sob óticas diferentes essa fascinante estrutura.
Segundo a Wikipédia:
"A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da Renascença, um período de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas também são encontradas em textos em grego como paradoxon (entretanto, o latim é fortemente derivado do alfabeto grego e, além do mais, o português é também derivado do latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer "contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjugada com o sufixo nominal doxa, que quer dizer opinião."
Analisemos agora a maleabilidade do paradoxo na ciência.
Na nossa Língua Vernácula:
O paradoxo é tratado como um extremo de outra figura de linguagem: a antítese. Na antítese temos numa mesma frase idéias opostas, não necessariamente ligadas ao mesmo sujeito.
Eu estou com doente, mas ela está sã.
Este é um exemplo de antítese bem simples, um exemplo de paradoxo seguindo a mesma idéia seria simplesmente:
Eu sou um doente são.
Na matemática pura podemos citar o paradoxo como proposições lógicas, que não são exatamente notados pelo alto teor analítico e filosófico (repudiados por alguns pseudo-matemáticos). Assim o que acaba tornando essa semana um pouco diferente é o conceito de lógica. O usina usa esse conceito e seleciona esse fluxo para tentar quebrar os paradigmas de matemática e toda a parte maçante (que eu particularmente nutro um certo gosto) da matemática, principalmente a que envolve cálculos.
Voltando a noção mais central, paradoxos podem ser usados de maneira tal qual perigosa e abstrata é a sua própria semântica. O famoso gato de (deixa eu procurar o nome do cara aqui) schrodinger (pronuncia-se chedinguer com o d quase mudo) é um exemplo disso. Tá então você não conhece o gato e ainda está tentando pronunciar o nome que parece espirro? Calma, calma eu vou tentar explicar.
Suponhamos que num momento de raiva eu peque uma caixa e coloque dentro dela um lindo e branquinho gatinho acompanhado de pólvora (pessoal do Ibama é só um exemplo, viu?). Até o momento que eu abra a caixa eu não sei afirmar se o gato está vivo (e a pólvora não explodiu) ou se a pólvora cumpriu seu trágico destino e o gato agora é objeto de taxidermia. Ou seja o resultado da ação meio que depende que eu veja se o gato está morto para que ele realmente esteja (será que dai é que vem o ditado: a curiosidade matou o gato?). Olhem esse vídeo:
Outra ideia muito legal vem do gato e o pão com manteiga (porque será que gatos são tão paradoxais?) gatos possuem um artifício biológico que faz com que eles caiam sempre em pé, já a resistência do ar faz com quer em uma distância intermediaria pães sempre caiam com a face amanteigada para baixo (para a tristeza de todos nós) então o que aconteceria se eu amarrasse um gato a uma torrada amanteigada (com a face com manteiga oposta as costas do gato)? Se você repetir isso em casa é capaz de fazer o bichano ficar com raiva de você e ainda desperdiçar comida, mas seguindo essas idéias o gato-pão rodaria eternamente sem cair.
Já está mais que provado que paradoxos são fontes de idéias que por vezes podem ser simplesmente ecos de loucura, mas a ciência possui diversos paradoxos que são essenciais em pesquisas.
Um exemplo é o comportamento da luz: se em determinado momento ela age como onda, em outras age como partícula, isso permite um estudo mais analítico e cauteloso com a maior fonte de energia não negra.
Já outro paradoxo também muito conhecido é o de Heisenberg, é o seu principio da incerteza, no qual ele afirma que é impossível definir com precisão a posição e a velocidade de um elétron de um átomo qualquer ao mesmo tempo.
Se você observou esse texto atentamente esse texto deve ter notado que eu falei sobre paradoxo, o legal é que eu comecei com Vou falar sobre nada, mas falei sobre algo, o paradoxo. Esse deve ser o paradoxo do falso discurso.
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