23 de novembro de 2015

Fim dos tempos: Megatsunami

Um megatsunami é um raro tsunami com mais de 100 metros de altura. Excetuando-se alguns grandes tsunamis no Alasca, incluindo um de 520 metros de altura, acredita-se que o último tsunami que atingiu uma área com população ocorreu há quatro mil anos. Geólogos dizem que tal evento é causado por gigantescos deslocamentos de terra, originados por uma ilha em colapso, por exemplo, em um vasto corpo d'água como um oceano ou um mar.

Megatsunamis podem atingir alturas de centenas de metros, viajar a 890 km/h ao longo do oceano, potencialmente alcançando 20 km ou mais terra adentro em regiões de baixa altitude.

Em oceanos profundos, um megatsunami é quase invisível. Move-se em um deslocamento vertical de aproximadamente um metro, com um comprimento de ondas de centenas de quilômetros. Porém, a enorme quantidade de energia dentro deste movimento de gigantesca massa produz uma onda muito mais alta, à medida que a onda se aproxima de águas rasas.

Terremotos geralmente não produzem tsunamis desta escala, a não ser que eles possam causar um grande deslocamento de terra debaixo d' água, tipicamente tais tsunamis têm uma altura de dez metros ou menos.

Deslocamentos de terras que são grandes comparadas à profundidade atingem a água tão rapidamente que a água que foi deslocada não pode se estabelecer antes que as rochas atinjam o fundo. Isto significa que as rochas deslocam a água em velocidade total em todo seu caminho ao fundo. Se o nível da água é profundo, o volume de água deslocado é grande e as partes baixas estão sob alta pressão. Isto resulta numa onda que contém grande quantidade de energia.

Algumas pessoas assumem que megatsunamis pré-históricos varreram antigas civilizações, como um castigo do(s) deus(es), comum em muitas culturas ao redor do mundo. Porém, isto é improvável, considerando que megatsunamis usualmente acontecem sem qualquer aviso, atigindo apenas áreas costeiras e não necessariamente ocorrendo após uma chuva.


Megatsunamis históricos

Os danos causados pelo megatsunami da Baía de Lituya em 1958 podem ser vistos nesta fotografia aérea oblíqua da Baía de Lituya, no Alasca, com as áreas mais claras na costa onde as árvores foram arrancadas.

A hipótese de megatsunamis foi criada por geólogos buscando por petróleo no Alasca. Eles observaram evidência de ondas altas demais em uma baía próxima. Cinco anos depois, uma série de deslocamentos de terra foi revelada como a causa destas altas ondas no Alasca.

O histórico geológico mostra que megatsunamis são muito raros, mas que devastam qualquer coisa próxima à costa atingida. Alguns podem devastar costas de continentes inteiros. O último evento conhecido desta magnitude aconteceu há 4 mil anos na Ilha de Reunião, leste de Madagascar.

Um megatsunami de menor magnitude aconteceu na Baía de Lituya, no Alasca, em 1958, entre 7.7 e 8.3.Tal baía possui uma profundidade de 220 metros tendo apenas 10 metros de profundidade em sua entrada. A topologia da baía é adequada para a produção de um megatsunami local. Um terremoto de magnitude 7.5 em 8 de julho gerou um deslocamento de terra dentro da baía, que produziu uma onda que varreu árvores 200 metros acima do nível normal do mar. Comparações com fotografias anteriores ao acontecimento indicaram que várias centenas de pés de gelo foram removidos da frente de uma geleira próxima, por uma onda de aproximadamente 520 metros de altura.
Ameaças de Megatsunamis

Ilhas vulcânicas como as de Reunião e as Ilhas do Havaí podem causar megatsunamis porque elas não são mais do que grandes e instáveis blocos de material mal agrupado por sucessivas erupções. Evidência de grandes deslocamentos de terra foram encontradas na forma de grande quantidade de restos subaquáticos, material terrestre que caiu oceano adentro. Em anos recentes, cinco de tais restos foram encontrados somente nas ilhas havaianas.

Alguns geólogos acreditam que o maior candidato para a causa do próximo megatsunami é a ilha de Las Palmas, nas Ilhas Canárias. Em 1949, uma erupção causou o cume de Cumbre Vieja cair vários metros adentro do Oceano Atlântico. Acredita-se que a causa disto foi causada pela pressão do magma em aquecimento e água vaporizando-se presa dentro da estrutura da ilha, causando um deslocamento da estrutura da ilha. Durante uma erupção, que estima-se acontecerá em algum tempo nos próximos milênios, irá causar un novo deslocamento da ilha, fazendo a metade ocidental, pesando talvez 500 bilhões de toneladas, deslocar-se catastroficamente em direção ao oceano. Isto irá automaticamente gerar um megatsunami com ondas locais com alturas de centenas de metros. Depois que o tsunami cruzar o Atlântico, provavelmente irá gerar uma onda com 10 a 25 metros de altura no Caribe e na costa leste da América do Norte várias horas depois, gerando grandes problemas econômicos e sociais para as populações dos países envolvidos e para a economia global como um todo. Enquanto que potencialmente não tão destruidor como um super-vulcão, um megatsunami seria um desastre sem precedentes em quaisquer regiões em que este evento ocorra.

Além de pequenas vilas no Alasca, muitos lugares enfrentam a ameaça de megatsunamis regionais, mas ainda assim potencialmente perigosos. Por exemplo, em 1963, uma parte enorme do Monte Toc, nas montanhas ao norte de Veneza,Itália, deslocou-se dentro de um reservatório (a represa de Vajont), produzindo ondas de 250 metros de altura, destruindo várias vilas e matando cerca de 2 mil pessoas. Alguns geólogos acreditam que uma grande rocha, instável, ao norte do Lago Harrison no Vale Fraser, no sul da Colúmbia Britânica, poderia deslocar-se dentro do lago, criando uma grande onda que possivelmente destruiria a cidade de Harrison Hot Springs, ao sul do lago.

No Mar da Noruega, o deslocamento de Storegga causou um megatsunami sete mil anos atrás. Intensas investigações mostraram que o a probabilidade de um novo megatsunami é mínima.

Fonte: wikipédia

Bibliografia
Ward, S.N. and Day, S. 2001. Cumbre Vieja Volcano - Potential collapse and tsunami at La Palma, Canary Islands. Geophysical Research Letters, 28, 17 pp. 3397-3400.

20 de novembro de 2015

Tsunami na Costa Leste

O que você faria caso um maremoto viesse ao seu país, destruindo tudo e todos? provavelmente você nunca vai querer experimentar essa sensação. Outras pessoas infelizmente tiveram que viver essa tragédia...Acompanhe no documentário, relatos de pessoas que sobreviveram ao massacre dos tsunamis.



18 de novembro de 2015

Quebra-mares


Sou estático, parado, frio e desconsiderado
Mas é só o perigo chegar, que sou logo lembrado
com uma onda de problemas, que podem destruir lares
eis que gritam no fundo: ao menos temos o quebra-mares!

Aquele que aguenta tudo, dia após dia
lapidado pelo calor das águas e pela passagem da brisa
sou apenas uma rocha no meio de tantas outras
que serve para tentar evitar que tu morras...

Que tenho eu haver com tua vida?
tu que nuncas se preocupou com meu estado
eu que fico aqui parado, aguentando o baque todo dia
e tu vens apenas no fim de ano sem querer ter voltado.

Ora mas tu me julgas pelo meu formato?
pois sou frio, pontudo, rígido e parado?
Tu que me és estranho por ter me julgado
és mole, espichado. Me sinto feliz por não ser contigo aparentado.

Lamentas quando a água molha teu corpo
como lamenta quando pequenos problemas lhe atingem
mas não te lembras que fui eu quem levou, da maré, o soco
eu que fui culpado pelos males que tu inflige.

Ao menos sou elogiado com o fim da tarde,
aquele por-do-sol, sem pressa nem alarde.
Já não ligo pro que dizes, pensas, sofre ou fazes.
pode afogar-me em tudo, estou acostumado em ser um quebra-males.


16 de novembro de 2015

Os Terrores do planeta (III) - Maremotos



Gostaria de tirar um momento do blog pra dar minhas condolências a pessoas que estão sofrendo por outros desastres do nosso planeta: A guerra entre humanos. É algo indiscutivelmente ridículo e que parte do pressuposto do desrespeito aos diretos, crenças e ações dos outros que pensam de forma diferente de nós. Tiro esse momento do blog para lamentar as Tragédias na Síria, em Paris e mais internamente, mas de mesma gravidade ideológica, em Messejana um bairro da cidade em que moro (Fortaleza -Ceará).

Também gostaria de prestar minhas condolências a todas pessoas de Mariana (Minas Gerais) que estão sofrendo com o rompimento da barragem, e dizer que tenho desgosto absoluto pelas pessoas responsáveis da construção, da manutenção e da comunicação da barragem, espero que elas ao menos lamentem a tragédia que causaram, destruindo animais únicos no mundo, poluindo várias bacias hidrográficas, matando centenas de vidas. Por último presto minhas condolências ao Japão que sofreu com um terremoto de altíssima magnitude, que as famílias possam se levantar e que o provável senso de cidadania do povo japonês possa ser aprendido por todas as pessoas do mundo.

Rezemos pela Síria, Rezemos pela França, Rezemos por Messejana, Rezemos por Mariana, Rezemos pelo Japão, Rezemos pelo Mundo...

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Fechando o especial de desastres naturais, o Usina aborda a catástrofe mais conhecida em todos os sete mares! o Maremoto! As forças do Mar que outrora pareciam sobrenaturais e que na verdade tem total explicação, grandes ondas que são capazes de destruir tudo que encontrar pela frente e que passam despercebidas no alto-mar. Os Maremotos são sem dúvidas um dos maiores Terrores do planeta!

Maremoto = Tsunami?

De cara já temos esse abacaxi para resolver hein? Pois a resposta é sim e não! Calma não é nenhum fenômeno de Schrodinger. A questão é que para alguns estudiosos Maremoto é o tremor das placas mas dentro da água (sendo a sim o mar seria a única diferença entre o maremoto e o terremoto); as ondas gigantes não são o maremoto e sim o Tsunami. Particularmente eu gosto muito dessa forma de ver o processo.

Grande maioria das pessoas vê Maremoto e Tsunami como palavras sinônimas: Tsunami vem de tsu, “porto” + nami, “onda” e Maremoto vem do latim: mare, mar + motus, movimento. Muitas relacionam o fato do tsunami ser o maremoto japonês (pais que sofre com esse desastre com grande recorrência). Outras defendem que tsunami é simplesmente maremoto em japonês e que trazer essa palavra para cá é errado pois maremoto existe no nosso vocabulário desde 1600.



Um choque já conhecido...

Como já falamos no primeiro episódio dessa série, vulcões são formados devido a um empresamento das placas tectônicas que inclinam-se formando o corpo dos vulcões. Entretanto esses choques tectônicos são também os componentes primeiros do que conhecemos como maremoto. As placas raspam entre si e a água propaga esse movimento em forma de ondas.

"É possível testar o efeito do maremoto em casa. Em uma bacia com água esfregue duas barras de isopor ou qualquer outro componente, as barras precisam estar no fundo da bacia. Será notável que a água se moverá em cima na forma de ondas mecânicas"

O mais interessante é que a principio as ondas são pouco reconhecidas como um desastre, geralmente elas são mansas e tranquilas, passando várias vezes por navios e sendo imperceptíveis aos que estão próximos do evento. Não entendeu nada? Vamos com uma analogia marota xP

O andar das ondas

Imagine você e seu amigo brincando com uma corda, cada um segura uma ponta e o objetivo é que você balance a corda levando uma onda mecânica até ele. Tudo bem é uma brincadeira pouco divertida, mas se você perceber bem vai ver que quanto mais a onda chega próximo do seu amigo, mais alta e estreita ela fica. Mantenha esse exemplo em mente.

Quando as placas se colidem é formada uma onda com período (o comprimento entre o uma onda e outra) longo (cerca de 200km) e por isso as ondas são baixas. Mesmo que essas ondas andem numa velocidade próxima à 800km/h devido ao grande período uma onda é vista a cada 30 minutos, ninguém iria pensar que uma marolinha desse tamanho pudesse criar um monstro...

Mas pode. Lembra do exemplo da corda? A medida que a onda avança no mar (que funciona como uma corda) seu comprimento começa a diminuir, preservando a lei da mecânica para que a energia continue se propagando é necessário que uma coisa aumente: a altura entre uma onda e outra. A onda vai ficando cada vez mais próxima da outra e quando chega em terra firme (o fim da corda) ela já possui uma velocidade 40 vezes menor, mas cerca de 10 metros de altura. O que causa tanta destruição não exatamente a velocidade do maremoto e sim a força acumulada desde o choque tectônico.

Como podemos nos proteger?

Na realidade são poucas as formas possíveis de proteção contra esse tipo de fenômeno, uma vez que o movimento das placas tectônicas é constante e impreciso, geralmente os especialistas avisam onde se localiza o hipocentro (local onde onde o choque, onde nasce o maremoto) e daí determinam as pessoas para os abrigos.

Estruturas como pedras que quebram as ondas (os quebra-mares) geralmente são pouco eficazes devido ao tamanho da onda, ao invés disso elas podem muito bem ser empurradas e causar mais destruição.

 Um terreno com alto declive

Um terreno com declive baixo

Uma forma de diminuir a ação dos tsunamis é fazer terrenos à beira-mar com menor declive, o que gera um acomodamento da onda e faz com que a mesma percorra uma distância menor. Mas sem dúvida o maremoto é um desastre gigantesco, ocasionado pela própria estrutura da Terra, sendo assim um dos Terrores do planeta!

8 de novembro de 2015

200!


Hoje a noite fui terminar de arrumar as coisas pro Usina, e vi que fechei a conta de 200 likes na conta do facebook! Enquanto muitas páginas comemoram a conquista de um milhão, eu comemoro duas centenas e com uma alegria tão intensa quanto. O trabalho do blog nunca me é cansativo e mesmo que possuam poucas visualizações, tem sempre um amigo que pergunta ou comenta, sempre alguém que me puxa de volta pra continuar postando. 

Eu queria então, agradecer 200 vezes para cada pessoa que curtiu o Usina, me conhecendo ou não e dizer que por mais que digam ou que aparentemente pareça ter um alvo pequeno, eu sei que alguém já viu o Usina sendo, mesmo que por pouco tempo, um andarilho. Mesmo gostando só dos poemas, ou só dos documentários ou só dos textos, o que importa é que em algum momento cada uma dessas 200 pessoas acessou ao menos uma vez o  Usina (ou pensou em acessar, mas não teve tempo, o que é muito compreensível). 

Então eu, vou amanhã pra faculdade, pegar minha condução lotada, cantar minhas músicas com fone de ouvido, ver rostos talvez nem tão felizes assim em me ver, ter aulas talvez não tão interessantes, talvez até sendo pouco notado, mas guardarei no peito a alegria desse momento! Muito obrigado a todos! Um agradecimento ao Lucas que fez a página pra mim, ao Nathan, que colaborou com o que hoje é o Usina e a cada um que já me ajudou nesse caminho!

Boa noite a todos!

José Valdenir de Oliveira Junior - Deni
Dono do blog Usina de Pensamentos

Tromba D'agua e Tornado de Fogo

Se você achou que nada poderia ser mais assustador que um tornado, saiba que este fenômeno ainda pode se aliar com a água ou com o fogo, criando formas ainda mais desastrosas!



O que é uma tromba d'água

Eis aí uma expressão que costuma provocar uma tremenda bagunça conceitual. Vamos explicar: no sentido popular, tromba-d’água indica uma chuvarada forte e restrita a uma determinada região. "Mas, para os cientistas, essa definição é errada. Na verdade, tromba- d’água é um tornado que se forma sobre uma superfície líquida, captura umidade e vai andando rumo ao continente", afirma o meteorologista Marcelo Seluchi, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP). A maioria das trombas- d’água surge a partir de nuvens de tempestade em cima do mar, mas o fenômeno também aparece nos caudalosos rios amazônicos e nos Grandes Lagos da América do Norte. "No Brasil, as trombas-d’água não são muito comuns. No mundo, elas aparecem com freqüência no litoral da Flórida, nos Estados Unidos, onde as condições climáticas favorecem a formação de tornados oceânicos durante o ano todo", diz outro meteorologista, Wando Celso Maugeri Amorim, da Universidade de São Paulo (USP).

Apesar da aparência assustadora, o turbilhão úmido geralmente não causa grande destruição. Em comparação com os tornados formados no continente, cujas rajadas ultrapassam 200 km/h, as trombas-d’água são mais amenas, pois seus sopros chegam no máximo a 80 km/h. Isso acontece porque a formação da espiral de ventos depende do aquecimento da superfície. "Como o mar se aquece muito menos que a terra firme, as correntes de ar quente que ajudam a formar os tornados oceânicos são bem menos intensas", diz a meteorologista Maria Assunção da Silva Dias, também da USP. O grande problema é quando aparecem várias trombas-d’água na mesma região - ou quando uma área é afetada pela espiral e também pelas chuvas torrenciais da nuvem que a originou. Aí, sim, podem ocorrer enchentes destruidoras.




Não basta ser tornado, tem que ser tornado de fogo!

A dimensão que os desastres naturais podem tomar quando a natureza está em estado de fúria é realmente alarmante. Quando ouvimos falar em tornados comuns, aqueles produzidos com vento, isso já nos causa um temor imenso, visto que, embora seja “apenas” vento, a velocidade que o vento ganha em um tornado ocasiona uma força descomunal, que é capaz de arrancar casas do chão e arrastar pessoas.

Agora, imagine esse mesmo tornado comum que acabamos de citar, porém com a adição de um toque especial: fogo. Pois é, parece impossível, mas existem tornados de fogo, e a incidência com que eles aparecem não é tão pequena como deveria ser.

Já foram registrados diversos casos de tal fenômeno em várias regiões dos Estados Unidos, da Escócia e, claro, da Austrália, famosa por seus incidentes bizarros e animais exóticos.

Os tornados de fogo causam uma destruição absurda, isso porque além da força comum que um tornado comumente possui, os tornados de fogo consistem em uma espécie de coluna de fogo, que causa incêndios e explosões por onde passa. É difícil imaginar uma coisa tão surreal, por onde um tornado de fogo passa, o cenário é apocalíptico.

Mas como é possível um fenômeno tão peculiar se desenvolver? Na verdade a explicação é bem simples e bastante lógica: os tornados de fogo se formam quando uma massa de ar com vorticidade – que é a tendência para girar, formando redemoinhos – encontra fogo e forma-se sobre ele; quando isso ocorre, os gases aquecidos serão carregados para cima, preenchendo todo o tornado e se movimentando junto com ele. A velocidade do vento faz com que a combustão não seja perdida, mantendo a chama acesa e altamente destruidora.

Esses tornados costumam durar apenas alguns minutos, podem alcançar até 50 metros de altura e, muitas vezes, não saem do lugar. No entanto, quando saem, um intervalo de poucos minutos já é tempo o bastante para causar grandes estragos.

Em 1923, uma cidade de Tóquio sofreu com tal incidente e foram feitas diversas vítimas no ocorrido. Atualmente, ao que tudo indica, o último caso de tornado de fogo registrado foi no início de 2014, na Reserva Nacional Arsenal Rocky Mountain, que fica localizada em Denver, nos Estados Unidos. O que ocasionou esse tornado foi uma ação do corpo de bombeiros, que utilizou um lança-chamas para atear fogo em uma espécie de planta da região. Na ocasião, o fogo se alastrou e o vento forte começou a carregar as plantas incendiadas e a movimentar-se em forma circular. O tornado não durou muito tempo e não ocasionou vítimas nem grandes danos.

A natureza é extremamente misteriosa, quando pensamos que já vimos todo o seu potencial, ela se manifesta e cria algo novo e totalmente inesperado. Por isso, é preciso que tenhamos consciência e respeito ao lidar com ela.

7 de novembro de 2015

Planeta Feroz: Tornado - Discovery

Um super documentário, do discovery channel falando sobre tornados. Vejam a beleza e o desastre causado por este fenômeno e escute relatos de quem já enfrentou esse desastre:


Vórtice

Tonto, sem direção...
parece que trocaram de lugar a mente e o coração
confuso, desnorteado...
como se o mundo me apontasse como culpado.

Mas segui adiante...
e me joguei das bordas para o meio desse ciclone
Cai no olho do furação...
E pude lá dentro, refletir toda essa situação.

E o que foi de mim...
Se não um corpo todo revirado pela vida, coberto de carmesim
Um ser que viveu de sobrevida...
Alternando-se entre aguentar cortes de vento e choros de brisa...

E assim continuo...
Com formação de ventos e navalhas, mas agora sem pose ou prumo
Pois não me atenho a aguentar...
tento me moldar, como pipa, pássaro e avião de papel no ar

Perdi a sede de expectativa...
Os resultados que surgirem são sinais da ventania
Larguei a pressa pelo normativo...
Sigo com o vento, no vento, sem tempo cravado, nem motivo

E quando paro pra pensar...
As dificuldades são tornados que em vórtices tentam me matar 
E quando ponho-me a pensar...
Os amigos, são em vórtices, abraços e memórias que me fazem retornar.

2 de novembro de 2015

Os Terrores do planeta (II) - Ciclones



Depois de vermos sobre os desastres do fogo, vamos observar agora todo o poder destrutivo dos ventos... Na nossa segunda semana de Terrores do Planeta, vamos falar sobre Ciclones!

"Um dia calmo, tranquilo e ensolarado, até que a leve brisa que afasta o calor começa a se intensificar demasiadamente, guarda-sois, bicicletas, motos, outdoors, árvores... o céu agora está escuro como se fosse de noite ou como se a chuva estivesse se anunciando. Mas não há precipitação nenhuma, apenas um vento tão forte que começa a arrancar cabos de energia dos postes. É um inicio de um desastre, está se formando um ciclone..."

Ciclones não são tão desconhecidos assim, por vezes são ouvidos relatos na América do norte e mesmo com tantas formas tecnológicas, eles ainda causam muita destruição e morte. Reconhecendo toda a complexidade por trás desse evento, o Usina de Pensamentos fala sobre os Ciclones, um dos verdadeiros Terrores do Planeta.

Mas e os tornados? e os furacões? e os Tufões? Antes que a dúvida deixe todo mundo sem paciência de ler eu explico. Tudo isso são formas de ciclones! Por isso o nome da semana foi escolhido pra ser mais abrangente!

Uma complexa nomeclatura

A tarefa de nomear esses eventos por quem não é especialista é realmente complexa, parece que tudo é aparentemente vento forte... Mas não é bem assim, de maneira resumida os ciclones são nomeados assim:


Ciclone: é um deslocamento do ar em movimento circulatório que atua em áreas de baixa pressão. Ciclones acabam por ajudar na formação de nuvens e chuvas, justificando a presença desses eventos sempre um ciclone acontece. Estes podem atingir até 888 quilômetros de raio. Os outros tipos a seguir são igualmente formas de ciclones.



Tornado: Tornados são ventos mais fortes que apresentam aquele famoso funil de forma bem mais evidente. Podem apresentar ventos de até 480km/h com cerca de 1,5 km de raio. Um pouco mais ponderado que os ciclones mais fortes, mas ainda assim extremamente devastador.



Furacão e Tufão: Esses daqui são o mesmo fenômeno, mas de maneira mais amena que no tornado com ventos que partem de119km/h até mais de 250km/h. A diferença de nomenclatura dá-se pelo local em que ocorre: quando no Oceano Atlântico ou Pacífico Leste, chama-se furacão. No Pacífico Oeste, tufão.

Vale lembrar que esses nomes são para os ciclones tropicais (que acontecem entre os trópicos de câncer e capricórnio. Os outros ciclones não tem uma nomenclatura tão diversa e costumam ser ouvidos nos telejornais e noticiários como ciclones extratropicais.

A calmaria está dentro da tempestade e não depois!

Perdão pelo trocadilho, mas é verdade! Dentro de todo esse sistema caótico que é um ciclone existe uma paz absoluta numa região chamada olho, lá os ventos se movimentam numa velocidade entre 30km e 60k/h é algo tão surreal que a pressão dentro do olho pode ser até 15% menor que a atmosfera do lado de fora.


Existem casos em que um ciclo de reposição de olho pode começar a ocorrer...Basta que se atinja certa velocidade máxima do ciclone (o que chamamos de limiar), a partir disso os ventos começam a se reorganizar formando uma parece que reforça o olho.


Outro caso é o fenômeno de formação de fossas, que são resultado da lenta descida do ar, formando uma especie de bacia no topo do ciclone. Outro fenômeno é o efeito estádio, onde as nuvens do ciclone são empurradas para cima no olho furacão, formando uma especie de cobertura.



Vale lembrar que o olho do furacão ainda é muito perigoso, por lá passa água em alta velocidade quando temos uma tromba d'água e ventos que podem ocasionalmente arrastar o que estiver no olho para as paredes do ciclone

Nem tão longe assim...

No Brasil, a ocorrência de furacões no País não é comum, afinal o Brasil dificilmente combina os dois fatores determinantes para a formação desse fenômeno. “As águas do Atlântico Sul são, em geral, menos aquecidas, e os ventos próximos da superfíce são mais intensos e inibem a formação e organização de furacões”, argumenta o professor do IAG/USP. Entretanto, em março de 2004, o furacão Catarina atingiu o sul do País, nas áreas litorâneas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Com ventos que chegaram a cerca de 180 km/h, o Catarina foi o primeiro furacão observado no Atlântico Sul. “O Catarina foi um caso extraordinário, exatamente por ter sido um fenômeno que evoluiu para a condição de um ciclone tropical trazendo consigo ventos destrutivos típicos de um furacão”, explica Nascimento. Embora seja um fenômeno raro, Pereira Filho alerta que ele pode ocorrer novamente, se houver os “ingredientes” adequados para a sua formação: águas quentes, ventos calmos e manutenção (olho).

Fonte - Terra

O que nós fazemos?

Atualmente, as casas de alguns locais, como por exemplo os Estados Unidos (que são constantemente alvo desses eventos), possuem um andar subterrâneo da casa que funciona como abrigo para ciclones, alguns estocam comida e água para ficarem dentro do abrigo por mais de uma semana, se for preciso, entretanto, o investimento é alto e grande parte das famílias perdem suas casas, quando não, seus familiares.

De certa forma, o cenário se torna mais propicio para os ciclones, que já são naturais, com a mudança no curso dos ventos. E isso geralmente é causado pela interferência negativa do homem no meio em que vive. Diversos cientistas continuam estudando para a previsão de ciclones, para tentar proteger as pessoas deste verdadeiro terror do planeta

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