Fala galera tudo bom com vocês? Andei bastante sumido, mas estou muito feliz em ver a credibilidade da visita de vocês aqui no blog. Se estiver lendo eu gostaria de mandar um alô em particular para o leitor Matheus (corrigido!) obrigado não só a você mas a todos os andarilhos que me motivam pra sempre voltar pra cá!
Bem, eu estou ocupado com muitas coisas relacionadas as pesquisas do meu curso, estou próximo de me formar mas não vou deixar a peteca cair! E claro isso inclui o saudoso Usina! Pensando nisso eu decidi montar uma estrutura bem grande pra justificar minha ausência... Trata-se de uma maratona acerca do nosso planeta falando dos espetáculos mas bonitos e ao mesmo tempo mais assustadores ou perigosos do nosso planeta. Serão três atos, mas não falarei quais são os outros dois pra não estragar a surpresa! :)
Conhecidos por serem obras naturais de desastre e catástrofes, os vulcões são praticamente pinturas bucólicas da realidade, embebidas de fogo é claro. Geralmente essas formações são reguladoras da pressão do nosso planeta e ofereceram no inicio da criação da Terra a possibilidade de nascimento dos primeiros oceanos. Dada a sua importância, Vulcões são o alvo do nosso primeiro, Terrores do planeta!
Criação da Terra
Para falar de vulcões é necessário saber como eles foram criados inicialmente. Para isso vamos voltar para a criação do planeta... A Terra bebê era uma bola de magma que iria-se resfriar tornando o que hoje temos como solos. Claro que não foi uniforme e isso acabou tornando locais mais profundos, bem como locais mais altos, além disso o planeta não resfriou por completo tornando-se teoricamente líquido por dentro e sólido por fora (péssima analogia: imagine um bombom com recheio de licor, seria mais ou menos o nosso planeta).
Além disso, o formato da Terra não é estritamente coberto, existem fraturas nessa cobertura, fissões que definem placas. Estas são as placas tectônicas que se movem devido a circulação desse liquido dentro do planeta (aqui vamos nós de novo: pense em placas de isopor numa bacia d'água). Algumas se chocam e a pressão existente (imagine um líquido quente e sobre forte velocidade se movendo dentro de um local quase fechado, provavelmente há uma pressão gigante lá dentro não?) acaba empurrando um pedaço da terra pra cima, tentando aliviar a pressão (pelo comportamento dos gases) Esse comportamento gera o protótipo de um vulcão.
Com a pressão já amenizada o vulcão se solidifica fazendo que com ele se torne (não necessáriamente permamanentemente) inativo, chamamos de ativo (embora ainda hajam confusão com a especificação desse termo) quando ele vaza fumaça ou ainda possui lava liquida. O fênomeno que ocorre no ápice do vulcão, com lançamento de lava na superfície chama-se erupção
Tipos de vulcões
Vulcão-Escudo: São aqueles que expelem grandes quantidades de lava. Estas costumam sedimentando-se de tal forma que constroem uma montanha larga com o perfil de um escudo
Cones de Escórias: São os menores, com 300 metros de altura. O nome escória remete justamente a sua insignificância em relação ao tamanho dos outros
Estratovulcões: São gigantescos! Possuindo longa atividade, acabam por aumentar sua forma quando constroem camadas (estratos) nas erupções de grandes fluxos de lava intercalado por produtos piroclásticos.
Caldeiras Ressurgentes: Grande massa central, relevo de depressão e de grande tamanho.
Vulcões Submarinos: Como o nome já diz, são submersos no oceano. São bastante comuns na dorsal meso-atlântica (uma parte do fundo do mar).
Danos
Basicamente fogo, calor e fumaça. A lava pode atingir até 1250 graus célsius e devido a sua pressão ela pode literalmente espirrar de dentro do vulcão, causando um espalhamento do material. Nada consegue escapar da lava, As árvores ao serem tocadas, queima instantaneamente devido ao calor, e os objetos que talvez não sejam distorcidos, derretidos, queimados ou destruídos ficarão encrustados do material, uma vez que a lava possui alto nível de viscosidade. Mais ou menos como uma cola.
A lava geralmente é formada por diversos tipos de minerais, mas o sílica (um composto de silício de oxigênio) é sem dúvida o componente mais observado. Isto acontece porque sua presença determina a consistência da lava o que se relaciona diretamente com a velocidade do seu fluxo. (mais uma analogia intragável: colocar silica na lava, a torna "cremosa" e espessa, algo como uma massa de bolo não assada. Menores quantidades de silica deixam a lava mais liquida, como uma sopa) Lavas que possuem pouca sílica são chamadas de fluídas. Além disso, a adição de sílica aumenta a acidez da lava, o que a torna ainda mais corrosiva.
Não para só por ai, uma vez que, depois que o fluxo normaliza, gás começa a ser liberado. Dentre eles temos como principal o dióxido de enxofre. Esse carinha é altamente tóxico e irrita as mucosas e geralmente toneladas de gás são lançadas. esse gás além de ser maléfico por si só ainda pode se condensar no ar formando o efeito que conhecemos como chuva ácida.
Como uma última percepção de estragos, é preciso lembrar que a pressão do magma faz com que a terra em volta do vulcão seja deformada, o que pode causar danos indiretos a toda uma região em volta do local.
Vale lembrar que a liberação de gás é mortal hoje, mas foi extremamente necessário para abafar a Terra (impedindo que ela resfriasse por completo) e causar chuvas que originaram os primeiros oceanos pré-históricos.
Um fator extra: Terremotos
Em casos ainda mais fortes, as erupções vulcânicas são precedidas de terremotos que em sua periodicidade mostra o que está acontecendo com o vulcão:
Os tremores de
curta duração são semelhantes aos sismos tectônicos. São resultantes da fraturação da rocha aquando de movimentos ascendentes do magma. Este tipo de sismicidade revela um aumento significativo da dimensão do corpo magmático próximo da superfície.
Os tremores de longa duração indicam um aumento da pressão de gás na estrutura do vulcão. Podem ser comparados ao ruído e vibração que por vezes ocorre na canalização em casas. Estas oscilações são o equivalente às vibrações acústicas que ocorrem no contexto de uma câmara magmática de um vulcão.
Os tremores harmônicos acontecem devido ao movimento de magma abaixo da superfície. A libertação contínua de energia deste tipo de sismicidade contrasta com a libertação contínua de energia que ocorre num sismo associado ao movimento de falhas tectônicas.
Geralmente os terremotos são uma acomodação do evento vulcânico sendo por isso menos intensos que o clássico choque entre placas. Isso não retira o potencial destrutivo do evento no entanto.
Onde estão?
Etna (Sicilia)
Última erupção: 16 de maio de 2015
Altitude: 3.350 m
Monte Fuji (Japão)
Última erupção: 16 de dezembro de 1707
Altitude: 3.776 m
Kilauea (Havai)
Última erupção: 5 de agosto de 2011
Krakatoa (Indonésia)
Última erupção: 31 de março de 2014
Altitude: 813 m
Monte Pinatubo (Filipinas)
Última erupção: 15 de Junho de 1991
Altitude: 1486 m
Vesúvio (Itália)
Última erupção: 18 de Março de 1944
Altitude: 1.281 m
El Chichon (México)
Última erupção: 28 de Março de 1982
Altitude: 1150 m