25 de março de 2015

Milissegundos de Eternidade


Talvez o principal problema,
não seja provar um lema,
que diz que o tempo é efêmero,
que cada intervalo é pequeno.

E Talvez não precisemos encontrar momentos,
ao invés disso, simplesmente fazê-los,
pois das prioridades desejadas
só a que se cumpre é de fato conquistada.

Mas o que é o tempo e qual o motivo de ser seu escravo?
Assim eu seria se a tudo por ele fosse forçado.
Mas posso me livrar dessas amarras,
se escolher seguir o rumo que o tempo fala.

Pare com o constante fluxo de informações,
não culpe o tempo pelos seus erros e ações.
Não escolha lembrar dos esquecimentos,
ou se esquecer dos lembrados momentos.

Ou viverá numa desarmonia consigo,
tornando a existência, um ser morrido.
Que trará o sentimento do constante mal-dizer:
não há tempo pra nada, não há tempo pra viver.

É ai que se esconde o fim dos tempos,
na distorção da presença.
Pois com ela, nada existe, nada é
e sem ela não há razão do desespero ou da fé.

Não estou dizendo que o tempo é bom menino
pois destrói, com castelos de areia, o quintal do vizinho.
Mas para ele aquilo é lazer, prazer descomunal
que justifica o corromper e destruir do atual.

Além de todas as questões levantadas
ainda há uma não mencionada:
O tempo é senhor de todas as alvoradas,
e não permite a passagem de estranhos em sua morada.

Diante disso, viajar nele é impossível.
Para o passado ou para o futuro, inadmissível.
Os dois tornariam-sem meu futuro presente,
deixando o meu presente num passado descontente.

Ah mas tem uma coisa que ele te deixa fazer:
O tempo te deixa viver os momentos do ser!
sendo além do bem e do mal, transcendendo a verdade.
viver esses momentos são milissegundos de Eternidade.


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